Tuesday, November 10, 2009

Madonna: Caridosa e "Marketing-Star"

 

Ela vem no momento que o Brasil está na ‘crista da onda’. Dizem que este país é POP e está na moda. POP + Moda = Madonna no meio. Mas por que pedir apoio logo ao Brasil, país emergente que até ontem, sem exageros, ela nem lembrava da existência? É justo o país ajudar o Malauí enquanto que existem regiões aqui tão paupérrimas quanto? Ajudem-me a pensar…

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Madonna está aqui para pedir ajuda a empresários brasileiros para projetos assistencialistas no Malauí, país de origem de dois de seus quatro filhos. No último dia 05 ela foi a grande vencedora da premiação ‘Billboard Touring Award 2009′ na categoria maior tour do ano – Top Tour -, e turnê que mais arrecadou - Top Draw.

No livro ‘A vida com minha irmã Madonna’, de amargas memórias de Chris Ciccone, está descrita a obcessão da diva por seu corpo, imagem, beleza, frutos de sua espartana disciplina desde a hora que acorda até dormir. E se algo der errado, ou se tiver que sair do ‘roteiro do dia’, fica frustrada.

Foi dessa forma que ela conseguiu chegar aonde está: Tours homéricas, hits épicos, grande furtuna, livros infantis, dirigiu um filme e agora está totalmente engajada em projeto social a la Oprah Winfrey. Talvez não soubesse fazer de outra  forma. O fato é que Madonna é um fenômeno, ainda que burocrata. É uma mulher de quebrar recordes e ela procura e gosta disso. Claro que essas características englobam latentes competições com suas ‘Pop Roommates’ – Spears, GaGa… – que vão desde o corpo mais sarado até grandes repertórios. “O show [de Lady GaGa] é confuso, têm buracos em suas roupas, mas, sim, vejo um pouco de mim nela”, declarou a respeito da caçula do pop.

O show [de Lady GaGa] é confuso, têm buracos em suas roupas, mas, sim, vejo um pouco de mim nela

 

“Je suis l’art”

Nos bastidores da penúltima turnê, Confessions Tour, Madonna conversava com um de seus bailarinos, francês, que afirmava não ser bom para fazer arte. Preferia apreciar. E ela, em tom maroto, responde: ‘Je suis l’art’ (SOU a arte).  E mesmo um fã mais desatento pode identificar momentos ‘escolas artísticas’ em seu trabalho. Na última tour, Sticky&Sweet, utilizou vídeos com ilustrações animadas de Keith Hering, artista de arte pop nova-iorquina dos anos 80, no momento da canção ‘Into The Groove’:

 

 

O clipe de ‘Hollywood’, que faz crítica à elite com idéia fixa em beleza e frivolidades, parece ter sido inspirado na obra do fotógrafo francês Guy Bourdin. A informação tornou-se pública quando o neto do artista acusou a cantora formalmente de plágio. Chegaram a um acordo financeiro confidencial. Problema resolvido.

 

 

A música ‘Erótica’ faz parte do, quiçá, maior projeto marketeiro de Madonna. O disco, com título homônimo, de onde foi extraído o single, chegou às lojas junto com o livro ‘Sex’ e com o filme ‘Corpo em Evidência’. Foi seu primeiro álbum conceitual, com todas as músicas interligadas como se contassem uma história.  As imagens da sessão de fotos para o ‘Sex Book’ foram transformadas no clipe ‘Erótica’. A personagem ‘Dita’, que Madonna encarna no vídeo, foi livremente inspirada na atriz alemã Dita Parlo.

 

 

Para ser sincera o álbum ‘Erótica’ é um dos meus preferidos. Saudades do tempo que Madonna não era mãe, nem Esther (ela adotou esse nome no meio ‘cabalístico’) e sim devassa, como diz minha avó!

 

 

Madonna no ensaio para o 'Sex Book'

 

*Com informações do site Madonna Online e do meu ‘lastro madônnico’.

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